Crise na Saúde em Cuiabá: cortes do governo federal e herança de má gestão deixam população à deriva

A crise na saúde em Cuiabá atinge um novo patamar com o corte de repasses por parte do governo federal, agravando uma situação já crítica herdada de gestões anteriores. O governo federal corta verba para Cuiabá alegando um contingenciamento nacional, mas a prefeitura denuncia que os prejuízos foram potencializados por falhas técnicas, obras inacabadas e falta de transparência deixadas pelo antigo comando da cidade. A população, como sempre, é quem sofre as consequências dessa desordem.
O corte de verba para Cuiabá atinge diretamente setores essenciais como os serviços de hemodiálise, que dependem do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC). O governo federal corta verba para Cuiabá ao suspender os repasses para três unidades: Hospital Municipal São Benedito, Hospital Municipal de Cuiabá e a Clínica de Doenças Renais. Todas deixaram de receber recursos devido à ausência de produção registrada em 2024, pendências na habilitação e falhas na transparência exigida pelas normas federais.
Além da suspensão de incentivos, o governo federal corta verba para Cuiabá também ao excluir a cidade da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade. Apesar de Cuiabá abrigar mais de 3 mil detentos, nenhuma verba foi repassada diretamente ao município. Toda a quantia destinada à política pública foi enviada ao fundo estadual, deixando a capital sem condições de garantir atendimento digno a esse público específico.
Outra ferida aberta foi a obra da Policlínica do Coxipó. O governo federal corta verba para Cuiabá ao notificar o abandono da construção, que deveria funcionar como Centro de Especialidades em Reabilitação. A estrutura segue incompleta, sem condições de receber pacientes, o que resultou em mais uma perda de financiamento. Notificações formais foram enviadas ao município nos últimos dois anos, reforçando o despreparo da antiga administração em lidar com investimentos públicos.
Diante do caos instaurado, o prefeito Abilio Brunini deslocou-se até Brasília em busca de uma solução emergencial. O governo federal corta verba para Cuiabá e o prefeito tenta reverter os bloqueios com negociações diretas com técnicos do Ministério da Saúde. Em seu posicionamento, ele reforça que a atual gestão já iniciou as correções necessárias e está empenhada em reverter os cortes que penalizam injustamente a população da capital mato-grossense.
Mesmo com a tesoura da União em ação, a Prefeitura afirma que os atendimentos de hemodiálise seguem sendo realizados com recursos próprios. O governo federal corta verba para Cuiabá, mas os serviços essenciais continuam sendo prestados no Hospital Municipal de Cuiabá e no São Benedito. A administração municipal assegura que nenhum paciente ficará sem o tratamento necessário, ainda que à custa do próprio orçamento local.
O desafio agora é corrigir os erros do passado e convencer o governo a reavaliar os cortes. O governo federal corta verba para Cuiabá, mas o trabalho de recuperação da credibilidade e da eficiência administrativa já está em curso. Para isso, é preciso mais do que discursos: é necessário transparência, prestação de contas e execução técnica rigorosa para garantir que os recursos retornem e a cidade volte a respirar com mais alívio.
Em meio a esse vendaval administrativo, a verdade é uma só: o governo federal corta verba para Cuiabá e os cuiabanos pagam a conta. A saúde, já combalida, precisa de socorro urgente, e a união entre prefeitura, ministério e sociedade é o único caminho para reconstruir a confiança e devolver dignidade a quem depende do serviço público para viver.
Autor: Sergey Semyonov